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Problemas de aprendizagem na pré-escola e a psicopedagogia

As dificuldades de aprendizagem que surgem precocemente na pré-escola são de grande importância e a esperança de que o tempo as fará desaparecer , quase sempre não se concretiza.
Problemas de imaturidade global não são a única causa de tais perturbações e uma discrepância entre o potencial da criança e a sua execução, devem sempre ser avaliadas com cuidado por um profissional especializado em dificuldades de aprendizagem, qualquer que seja sua idade. A maioria dos transtornos de aprendizagem, se estabecem antes dos sete anos de idade.
É um consenso em educação que as crianças que apresentam dificuldades em acompanhar seus colegas de turma na aquisição de novas habilidades básicas estão correndo o risco de terem problemas nas diferentes áreas escolares de séries posteriores e no seu desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, como um todo.
As primeiras experiencias na escola são da maior importância, já que o fracasso escolar vai ocasionar o desenvolvimento de um crescente sentimento de frustração e baixa autoestima.
Muitos sintomas podem denunciar esse estado na criança pequena que ainda não consegue expressar com palavras os seus sentimentos. Pode, por exemplo, tornar-se ansiosa , não conseguir dormir bem, apresentar outras condutas regressivas, como voltar a urinar na cama. Muitas começam a roer unhas, chorar sem motivo aparente, não querer comer ou comer compulsivamente. Algumas se queixam de cansaço permanente e dores imaginárias. Estão sempre frustradas e insatisfeitas. Podem surgir problemas psicossomáticos e de agressividade em diferentes níveis.
Quando um pouco mais velhas, não demonstram mais curiosidade, se tornando apáticas e desinteressadas pelo estudo, já que mesmo se esforçando não conseguem acompanhar seus coleguinhas na aprendizagem.
Sua autoestima comprometida faz aparecer comportamentos que demonstram insegurança e condutas de compensação como a agressividade, a rebeldia, o pouco caso etc., o que é preocupante, já que nessa idade sua identidade está em formação.
A autoestima é um juízo de valor que uma pessoa tem de si mesma a partir da competência que demonstra na execução de diferentes tarefas e da valorização que as pessoas que a cercam lhe dão. Como as crianças normalmente dão muita importância ao amor de seus pais, familiares, professores e coleguinhas, é de se esperar que nesses dois ambientes, família e escola, se desenvolva seu padrão de valorização pessoal.
Assim, ser mal sucedida na escola, ser alvo de brincadeiras e críticas constantes faz com que duvide do amor que lhe dedicam, que deve ser incondicional, para transmitir-lhe a segurança de que precisa para se tornar um adulto forte. Também passa a acreditar de que é diferente dos demais por não conseguir bons resultados em seus intentos, apesar de seus esforços e, assim, tenderá a se achar menos capacitada.
A autoestima enfraquecida desde suas raízes cria sentimentos de menos valia e insegurança, que acabam por gerar um ciclo vicioso de fracasso e baixa autoestima: quanto menor um, maior o outro…
Por esses motivos, aconselhamos pais e professores a estarem atentos a seus filhos e alunos. Procurar um psicopedagogo, pode afastar desde cedo problemas importantes de aprendizagem da vida de muitas crianças.

Texto de Maria Irene Maluf.

março 31, 2011 at 6:05 pm Deixe um comentário


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